[CONTINUAÇÃO DE ERVAS DE EXU]
domingo, 11 de abril de 2010

ERVAS DE EXU

Amendoeira:
Seus galhos são usados nos locais em que o homem exerce suas actividades lucrativas. Na medicina caseira, seus frutos são comestíveis, porém em grandes quantidades causam diarreia de sangue. Das sementes fabrica-se o óleo de amêndoas, muito usado para fazer sabonetes por ter efeitos emolientes, além de amaciar a pele.





Amoreira:
Planta que armazena fluidos negativos e os solta ao entardecer; é usada pelos sacerdotes no culto a Eguns. Na medicina caseira, é usada para debelar as inflamações da boca e garganta.

Angelim – amargoso:
Muito usado em marcenaria, por tratar-se de madeira de lei. Nos rituais, suas folhas e flores são utilizadas nos abô dos filhos de Nanã, e as cascas são utilizadas em banhos fortes com a finalidade de destruir os fluidos negativos que possa haver, realizando um excelente descarrego nos filhos de Exu. A medicina caseira indica o pó de suas sementes contra vermes. Mas cuidado! Deve ser usada em doses pequenas.

Aroeira:
Nos terreiros de Candomblé este vegetal pertence a Exu e tem aplicação nas obrigações de cabeça, nos sacudimentos, nos banhos fortes de descarrego e nas purificações de pedras. É usada como adstringente na medicina caseira, apressa a cura de feridas e úlceras, e resolve casos de inflamações do aparelho genital. Também é de grande eficácia nas lavagens genitais.

Arrebenta Cavalo:
No uso ritualístico esta erva é empregada em banhos fortes do pescoço para baixo, em hora aberta. É também usado em magias para atrair simpatia. Não é usada na medicina caseira.

Arruda:
Planta aromática usada nos rituais porque Exu a indica contra maus fluidos e olho-grande. Suas folhas miúdas são aplicadas nos bori, banhos de limpeza ou descarrego, o que é fácil de perceber, pois se o ambiente estiver realmente carregado a arruda morre. Ela é também usada como amuleto para proteger do mau-olhado. Seu uso restringe-se à Umbanda. Em seu uso caseiro é aplicada contra a verminose e reumatismos, além de seu sumo curar feridas.
[CONTINUAÇÃO...]

OS ORIXÁS DO CAMDOMBLÉ
Os orixás são deuses africanos que correspondem a pontos de força da Natureza e os seus arquétipos estão relacionados às manifestações dessas forças. As características de cada Orixá aproxima-os dos seres humanos, pois eles manifestam-se através de emoções como nós. Sentem raiva, ciúmes, amam em excesso, são passionais. Cada orixá tem ainda o seu sistema simbólico particular, composto de cores, comidas, cantigas, rezas, ambientes, espaços físicos e até horários.
Como resultado do sincretismo que se deu durante o período da escravatura, cada orixá foi também associado a um santo católico, devido à imposição do catolicismo aos negros. Para manterem os seus deuses vivos, viram-se obrigados a disfarçá-los na roupagem dos santos católicos, aos quais cultuavam apenas aparentemente.
Estes deuses da Natureza são divididos em 4 elementos – água, terra, fogo e ar. Alguns estudiosos ainda vão mais longe e afirmam que são 400 o número de Orixás básicos divididos em 100 do Fogo, 100 da Terra, 100 do Ar e 100 da Água, enquanto que, na Astrologia, são 3 do Fogo, 3 da Terra, 3 do Ar e 3 da Água. Porém os tipos mais conhecidos entre nós formam um grupo de 16 deuses. Eles também estão associados à corrente energética de alguma força da natureza. Assim, Iansã é a dona dos ventos, Oxum é a mãe da água doce, Xangô domina raios e trovões, e outras analogias.
No Candomblé cultuam-se muitos outros orixás, desconhecidos por leigos, por serem menos populares do que Xangô, Iansã, Oxossi e outros, mas com um significado muito forte para os adeptos dos cultos afro-brasileiros. Alguns são necessariamente cultuados, devido à ligação com trabalhos específicos que regem, para a saúde, morte, prosperidade e diversos assuntos que afligem o dia-a-dia das pessoas. Estes deuses africanos são considerados intermediários entre os homens e Deus, e por possuírem emoções tão próximas dos seres humanos, conseguem reconhecer os nossos caprichos, os nossos amores, os nossos desejos. É muito frequente dizer-se que as personalidades dos seus filhos são consequência dos orixás que regem as suas cabeças, desenvolvendo características iguais às destes deuses africanos.
Apresento a seguir as descrições dos 16 Orixás mais cultuados. Recordo no entanto que existem diversas correntes no Candomblé e por essa razão as informações poderão ser diferentes de acordo com a tradição ou região.
Os orixás são deuses africanos que correspondem a pontos de força da Natureza e os seus arquétipos estão relacionados às manifestações dessas forças. As características de cada Orixá aproxima-os dos seres humanos, pois eles manifestam-se através de emoções como nós. Sentem raiva, ciúmes, amam em excesso, são passionais. Cada orixá tem ainda o seu sistema simbólico particular, composto de cores, comidas, cantigas, rezas, ambientes, espaços físicos e até horários.
Como resultado do sincretismo que se deu durante o período da escravatura, cada orixá foi também associado a um santo católico, devido à imposição do catolicismo aos negros. Para manterem os seus deuses vivos, viram-se obrigados a disfarçá-los na roupagem dos santos católicos, aos quais cultuavam apenas aparentemente.
Estes deuses da Natureza são divididos em 4 elementos – água, terra, fogo e ar. Alguns estudiosos ainda vão mais longe e afirmam que são 400 o número de Orixás básicos divididos em 100 do Fogo, 100 da Terra, 100 do Ar e 100 da Água, enquanto que, na Astrologia, são 3 do Fogo, 3 da Terra, 3 do Ar e 3 da Água. Porém os tipos mais conhecidos entre nós formam um grupo de 16 deuses. Eles também estão associados à corrente energética de alguma força da natureza. Assim, Iansã é a dona dos ventos, Oxum é a mãe da água doce, Xangô domina raios e trovões, e outras analogias.
No Candomblé cultuam-se muitos outros orixás, desconhecidos por leigos, por serem menos populares do que Xangô, Iansã, Oxossi e outros, mas com um significado muito forte para os adeptos dos cultos afro-brasileiros. Alguns são necessariamente cultuados, devido à ligação com trabalhos específicos que regem, para a saúde, morte, prosperidade e diversos assuntos que afligem o dia-a-dia das pessoas. Estes deuses africanos são considerados intermediários entre os homens e Deus, e por possuírem emoções tão próximas dos seres humanos, conseguem reconhecer os nossos caprichos, os nossos amores, os nossos desejos. É muito frequente dizer-se que as personalidades dos seus filhos são consequência dos orixás que regem as suas cabeças, desenvolvendo características iguais às destes deuses africanos.
Apresento a seguir as descrições dos 16 Orixás mais cultuados. Recordo no entanto que existem diversas correntes no Candomblé e por essa razão as informações poderão ser diferentes de acordo com a tradição ou região.
FIM DA INTOLERÂNCIA RELIGIOSA JÁ.
"Tudo o que é bom e justo emana de um único Deus, que hoje pode ter muitos nomes e cultos. Mas, seus princípios foram antes cultuados por um único povo; primordial e resistente, criado à sua imagem e semelhança.São esses factos que nos fazem ter tanta dificuldade em entender a intolerância, o preconceito e a violência praticados em nome de Deus (?), contra os religiosos do Candomblé e da Umbanda ou de qualquer outra religião. A religiosidade Africana é a prática de uma doutrina baseada em valores de Paz. "
"Tudo o que é bom e justo emana de um único Deus, que hoje pode ter muitos nomes e cultos. Mas, seus princípios foram antes cultuados por um único povo; primordial e resistente, criado à sua imagem e semelhança.São esses factos que nos fazem ter tanta dificuldade em entender a intolerância, o preconceito e a violência praticados em nome de Deus (?), contra os religiosos do Candomblé e da Umbanda ou de qualquer outra religião. A religiosidade Africana é a prática de uma doutrina baseada em valores de Paz. "

XANGÔ
**DIA: Quarta-Feira
**CORES: Vermelho (ou marrom) e branco
**COMIDA: Amalá
**SÍMBOLOS: Oxés (machados duplos), Edún-Àrá, xerê
**ELEMENTOS: Fogo (grandes chamas, raios), formações rochosas.
**DOMÍNOS: Poder estatal, justiça, questões jurídicas.
**SAUDAÇÃO: Kawó Kabiesilé!!
Nem seria preciso falar do poder de Xangô (Sòngó), porque o poder é a sua síntese. Xangô nasce do poder morre em nome do poder. Rei absoluto, forte, imbatível: um déspota. O prazer de Xangô é o poder. Xangô manda nos poderosos, manda em seu reino e nos reinos vizinhos. Xangô é rei entre todos os reis. Não existe uma hierarquia entre os orixás, nenhum possui mais axé que o outro, apenas Oxalá, que representa o patriarca da religião e é o orixá mais velho, goza de certa primazia. Contudo, se preciso fosse escolher um orixá todo-poderoso, quem, senão Xangô para assumir esse papel?
Xangô gosta dos desafios, que não raras vezes aparecem nas saudações que lhe fazem seus devotos na África. Porém o desafio é feito sempre para ratificar o poder de Xangô.
A maneira como todos devem se referir a Xangô já expressa o seu poder. Procure imaginar um elefante, mas um Elefante-de-olhos-tão-grandes-quanto-potes-de-boca-larga: esse é Xangô e, se o corpo do animal segue a proporção dos olhos, Xangô realmente é o Elefante-que-manda-na-savana, imponente, poderoso.
Percebe-se que a imagem de poder está sempre associada a Xangô. O poder real, por exemplo, lhe é devido por ter se tornado o quarto alafim de Òyó, que era considerada a capital política dos iorubas, a cidade mais importante da Nigéria. Xangô destronou o próprio meio-irmão Dadá-Ajaká com um golpe militar. A personalidade paciente e tolerante do irmão irritavam Xangô e, certamente, o povo de Òyó, que o apoiou para que ele se tornasse o seu grande rei, até hoje lembrado.
O trono de Òyó já pertencia a Xangô por direito, pois seu pai, Oranian, foi fundador da cidade e de sua dinastia. Ele só fez apressar a sua ascensão. Xangô é o rei que não aceita contestação, todos sabem de seus méritos e reconhecem que seu poder, antes de ser conquistado pela opressão, pela força, é merecido. Xangô foi o grande alafim de Òyo porque soube inspirar credibilidade aos seus súbditos, tomou as decisões mais acertadas e sábias e, sobretudo, demonstrou a sua capacidade para o comando, persuadindo a todos não só por seu poder repressivo como por seu senso de justiça muito apurado.
Não erram, como se viu, os que dizem que Xangô exerce o poder de uma forma ditatorial, que faz uso da força e da repressão para manter a autoridade. Sabe-se, no entanto, que nenhuma ditadura ou regime despótico mantém-se por muito tempo se não houver respaldo popular. Em outros termos, o déspota reflecte a imagem de seu povo, e este ama o seu senhor, seja porque nos momentos de tensão responde com eficiência, seja por assumir a postura de um pai. No caso de Xangô, sua rectidão e honestidade superam o seu carácter arbitrário; suas medidas, embora impostas, são sempre justas e por isso ele é, acima de tudo, um rei amado, pois é repressor por seu estilo, não por maldade.
Fato é que não se pode falar de Xangô sem falar de poder. Ele expressa autoridade dos grandes governantes, mas também detém o poder mágico, já que domina o mais perigoso de todos os elementos da natureza: o fogo. O poder mágico de Xangô reside no raio, no fogo que corta o céu, que destrói na Terra, mas que transforma, que protege, que ilumina o caminho. O fogo é a grande arma de Xangô, com a qual castiga aqueles que não honram seu nome. Por meio do raio ele atinge a casa do próprio malfeitor.Xangô é bastante cultuado na região de Tapá ou Nupê, que, segundo algumas versões históricas, seria terra de origem de sua família materna.
Tudo que se relaciona com Xangô lembra realeza, as suas vestes, a sua riqueza, a sua forma de gerir o poder. A cor vermelha, por exemplo, sempre esteve ligada à nobreza, só os grandes reis pisavam sobre o tapete vermelho, e Xangô pisa sobre o fogo, o vermelho original, o seu tapete.
Xangô sempre foi um homem bonito extremamente vaidoso, por isso conquistou todas a mulheres que quis, e, afinal, o que seria um ‘olhar de fogo’senão um olhar de desejo ardente? Quem resiste ao olhar de “flirt” de Xangô?
Xangô era um amante irresistível e por isso foi disputado por três mulheres. Iansã foi sua primeira esposa e a única que o acompanhou em sua saída estratégica da vida. È com ela que divide o domínio sobre o fogo.Oxum foi à segunda esposa de Xangô e a mais amada. Apenas por Oxum, Xangô perdeu a cabeça, só por ela chorou.
A terceira esposa de Xangô foi Oba, que amou e não foi amada. Oba abdicou de sua vida para viver por Xangô, foi capaz de mutilar o seu corpo por amor o seu rei.
Xangô decide sobre a vida de todos, mas sobre a sua vida (e sua morte) só ele tem o direito de decidir. Ele é mais poderoso que a morte, razão pela qual passou a ser o seu anti-símbolo.
CARACTERÍSTICAS DOS FILHOS DE XANGÔ
É muito fácil reconhecer um filho de Xangô apenas por sua estrutura física, pois seu corpo é sempre muito forte, com uma quantidade razoável de gordura, apontando a sua tendência à obesidade; mas a sua boa constituição óssea suporta o seu físico avantajado.
Com forte dose de energia e auto-estima, os filhos de Xangô têm consciência de que são importantes e respeitáveis, portanto quando emitem sua opinião é para encerrar definitivamente o assunto. Sua postura é sempre nobre, com a dignidade de um rei. Sempre andam acompanhados de grandes comitivas; embora nunca estejam sós, a solidão é um de seus estigmas.
Conscientemente são incapazes de ser injustos com alguém, mas um certo egoísmo faz parte de seu arquétipo. São extremamente austeros (para não dizer sovinas), portanto não é por acaso que Xangô dança alujá com a mão fechada. Gostam do poder e do saber, que são os grandes objectos de sua vaidade.
São amantes vigorosos, uma pessoa só não satisfaz um filho de Xangô. Pobre das mulheres cujos maridos são de Xangô. Um filho de Xangô está sempre cercado de muitas mulheres, sejam suas amantes, sejam suas auxiliares, no caso de governantes, empresários e até babalorixás, mas a tendência é que aqueles que decidem ao seu lado sejam sempre homens.
Os filhos de Xangô são obstinados, agem com estratégia e conseguem o que querem. Tudo que fazem marca de alguma forma sua presença; fazem questão de viver ao lado de muita gente e têm pavor de ser esquecido, pois, sempre presentes na memória de todos, sabem que continuarão vivos após a sua ‘retirada estratégica’.
**DIA: Quarta-Feira
**CORES: Vermelho (ou marrom) e branco
**COMIDA: Amalá
**SÍMBOLOS: Oxés (machados duplos), Edún-Àrá, xerê
**ELEMENTOS: Fogo (grandes chamas, raios), formações rochosas.
**DOMÍNOS: Poder estatal, justiça, questões jurídicas.
**SAUDAÇÃO: Kawó Kabiesilé!!
Nem seria preciso falar do poder de Xangô (Sòngó), porque o poder é a sua síntese. Xangô nasce do poder morre em nome do poder. Rei absoluto, forte, imbatível: um déspota. O prazer de Xangô é o poder. Xangô manda nos poderosos, manda em seu reino e nos reinos vizinhos. Xangô é rei entre todos os reis. Não existe uma hierarquia entre os orixás, nenhum possui mais axé que o outro, apenas Oxalá, que representa o patriarca da religião e é o orixá mais velho, goza de certa primazia. Contudo, se preciso fosse escolher um orixá todo-poderoso, quem, senão Xangô para assumir esse papel?
Xangô gosta dos desafios, que não raras vezes aparecem nas saudações que lhe fazem seus devotos na África. Porém o desafio é feito sempre para ratificar o poder de Xangô.
A maneira como todos devem se referir a Xangô já expressa o seu poder. Procure imaginar um elefante, mas um Elefante-de-olhos-tão-grandes-quanto-potes-de-boca-larga: esse é Xangô e, se o corpo do animal segue a proporção dos olhos, Xangô realmente é o Elefante-que-manda-na-savana, imponente, poderoso.
Percebe-se que a imagem de poder está sempre associada a Xangô. O poder real, por exemplo, lhe é devido por ter se tornado o quarto alafim de Òyó, que era considerada a capital política dos iorubas, a cidade mais importante da Nigéria. Xangô destronou o próprio meio-irmão Dadá-Ajaká com um golpe militar. A personalidade paciente e tolerante do irmão irritavam Xangô e, certamente, o povo de Òyó, que o apoiou para que ele se tornasse o seu grande rei, até hoje lembrado.
O trono de Òyó já pertencia a Xangô por direito, pois seu pai, Oranian, foi fundador da cidade e de sua dinastia. Ele só fez apressar a sua ascensão. Xangô é o rei que não aceita contestação, todos sabem de seus méritos e reconhecem que seu poder, antes de ser conquistado pela opressão, pela força, é merecido. Xangô foi o grande alafim de Òyo porque soube inspirar credibilidade aos seus súbditos, tomou as decisões mais acertadas e sábias e, sobretudo, demonstrou a sua capacidade para o comando, persuadindo a todos não só por seu poder repressivo como por seu senso de justiça muito apurado.
Não erram, como se viu, os que dizem que Xangô exerce o poder de uma forma ditatorial, que faz uso da força e da repressão para manter a autoridade. Sabe-se, no entanto, que nenhuma ditadura ou regime despótico mantém-se por muito tempo se não houver respaldo popular. Em outros termos, o déspota reflecte a imagem de seu povo, e este ama o seu senhor, seja porque nos momentos de tensão responde com eficiência, seja por assumir a postura de um pai. No caso de Xangô, sua rectidão e honestidade superam o seu carácter arbitrário; suas medidas, embora impostas, são sempre justas e por isso ele é, acima de tudo, um rei amado, pois é repressor por seu estilo, não por maldade.
Fato é que não se pode falar de Xangô sem falar de poder. Ele expressa autoridade dos grandes governantes, mas também detém o poder mágico, já que domina o mais perigoso de todos os elementos da natureza: o fogo. O poder mágico de Xangô reside no raio, no fogo que corta o céu, que destrói na Terra, mas que transforma, que protege, que ilumina o caminho. O fogo é a grande arma de Xangô, com a qual castiga aqueles que não honram seu nome. Por meio do raio ele atinge a casa do próprio malfeitor.Xangô é bastante cultuado na região de Tapá ou Nupê, que, segundo algumas versões históricas, seria terra de origem de sua família materna.
Tudo que se relaciona com Xangô lembra realeza, as suas vestes, a sua riqueza, a sua forma de gerir o poder. A cor vermelha, por exemplo, sempre esteve ligada à nobreza, só os grandes reis pisavam sobre o tapete vermelho, e Xangô pisa sobre o fogo, o vermelho original, o seu tapete.
Xangô sempre foi um homem bonito extremamente vaidoso, por isso conquistou todas a mulheres que quis, e, afinal, o que seria um ‘olhar de fogo’senão um olhar de desejo ardente? Quem resiste ao olhar de “flirt” de Xangô?
Xangô era um amante irresistível e por isso foi disputado por três mulheres. Iansã foi sua primeira esposa e a única que o acompanhou em sua saída estratégica da vida. È com ela que divide o domínio sobre o fogo.Oxum foi à segunda esposa de Xangô e a mais amada. Apenas por Oxum, Xangô perdeu a cabeça, só por ela chorou.
A terceira esposa de Xangô foi Oba, que amou e não foi amada. Oba abdicou de sua vida para viver por Xangô, foi capaz de mutilar o seu corpo por amor o seu rei.
Xangô decide sobre a vida de todos, mas sobre a sua vida (e sua morte) só ele tem o direito de decidir. Ele é mais poderoso que a morte, razão pela qual passou a ser o seu anti-símbolo.
CARACTERÍSTICAS DOS FILHOS DE XANGÔ
É muito fácil reconhecer um filho de Xangô apenas por sua estrutura física, pois seu corpo é sempre muito forte, com uma quantidade razoável de gordura, apontando a sua tendência à obesidade; mas a sua boa constituição óssea suporta o seu físico avantajado.
Com forte dose de energia e auto-estima, os filhos de Xangô têm consciência de que são importantes e respeitáveis, portanto quando emitem sua opinião é para encerrar definitivamente o assunto. Sua postura é sempre nobre, com a dignidade de um rei. Sempre andam acompanhados de grandes comitivas; embora nunca estejam sós, a solidão é um de seus estigmas.
Conscientemente são incapazes de ser injustos com alguém, mas um certo egoísmo faz parte de seu arquétipo. São extremamente austeros (para não dizer sovinas), portanto não é por acaso que Xangô dança alujá com a mão fechada. Gostam do poder e do saber, que são os grandes objectos de sua vaidade.
São amantes vigorosos, uma pessoa só não satisfaz um filho de Xangô. Pobre das mulheres cujos maridos são de Xangô. Um filho de Xangô está sempre cercado de muitas mulheres, sejam suas amantes, sejam suas auxiliares, no caso de governantes, empresários e até babalorixás, mas a tendência é que aqueles que decidem ao seu lado sejam sempre homens.
Os filhos de Xangô são obstinados, agem com estratégia e conseguem o que querem. Tudo que fazem marca de alguma forma sua presença; fazem questão de viver ao lado de muita gente e têm pavor de ser esquecido, pois, sempre presentes na memória de todos, sabem que continuarão vivos após a sua ‘retirada estratégica’.
REZA DE BARÁ
*Amachere onibá Exu abanada amachere onibá Exu abanada.
Responder: Amachere onibá Exu abanada amachere anibá Exu abanda.
*Exu ademi chechemirê
Responder: Exu ademi chechemirê
* Exu ademi chechemibará
Responder: Exu ademi chechemirê
* Exu jalana fuá
Responder: Exu jalana fumalé
* Exu jalana didê
Responder: Exu jalana fumalé
* Exu o Lodê
Responder: Exu ecuo bará Ianã
* Bará Exu
Responder: Bará
* Lanã Exu
Responder: Bará
*Lodê Exu
Responder: Bará
*Alupagema
Responder: Alupagema
*Alupao
Responder: Alupagema
* Ai o que bará
Responder: Alupagema
* Ai bará bará
Responder: Alupagema
*Choni choni choni padô
Responder: Gam, gam, gam, gam, choni padô
*Bará no ecó choni padô
Responder: Gam, gam, gam, gam, choni padô
*Olebarábô alaroiê aexulanã olebarábô alaroiê aexulanã iamadecó eco de bará ogum talabô bará oeléfa exulanã
Responder: Olebarábô alaroiê aexulanã olebarábô alaroiê aexulanã iamadecó eco de bará ogum talabô bará oeléfa exulanã
*Olebará aléo modibará oelefa epô
Responder: Olebará aléo modibará oelefa epô
* Olebará o eléo
Responder: Ae ae olebará
*Bará Exu berim
Responder: Exu berim Exu berim
* ianã Lanã Exu berim
Responder: Exu berim Exu berim ianã
* Ae ae olebaráo ae ae olebará amacelo ogum o amacelo ogum já ae ae olebarao
Responder: Ae ae olebaráo ae ae olebará amacelo ogum o amacelo ogum já ae ae olebarao
* Oiá oiá
Responder: oiá eléfa
* Exu Demi modibará com seu ajo modipaim
Responder: Exu Demi modibará com seu ajo modipaim
*Baráramo Jecum Ioda baráramo jecum lodá eco barárundeo barárundeo baráramo jecum reum
Responder: Chegou Ioda
*Barámo reum
Responder: Chegou Ioda
*Papainhale
Responder: Papainhale
*Exulana fomiô barálana fumaléo
Responder: Exulana fomiô exulana fumaléo
*JEJE Olebará iaboduma sanabore oeléba
Responder: Olebará iaboduma sanabore oeléba
*Olebará iaboduma oaçaquere equeoue
Responder: Olebará iaboduma oaçaquere equeoue
*Ocoro ocoro ocoro quere quere o eléfa iaboduma
Responder: Ocoro ocoro ocoro quere quere ocoro ocoro ocoro e eléfa iaboduma
*Ogum léba Ogum farerê
Responder: Ogum
*Ogum dae ae ae
Responder: Ogum dae anaisô
*Ogum anira alasebó
Responder: Ogum anira alasebó
*Ogum abéo Ogum anicéo Ogum anicéo Ogum
Responder: Ogum abéo Ogum anicéo Ogum anicéo Ogum
Responder: Amachere onibá Exu abanada amachere anibá Exu abanda.
*Exu ademi chechemirê
Responder: Exu ademi chechemirê
* Exu ademi chechemibará
Responder: Exu ademi chechemirê
* Exu jalana fuá
Responder: Exu jalana fumalé
* Exu jalana didê
Responder: Exu jalana fumalé
* Exu o Lodê
Responder: Exu ecuo bará Ianã
* Bará Exu
Responder: Bará
* Lanã Exu
Responder: Bará
*Lodê Exu
Responder: Bará
*Alupagema
Responder: Alupagema
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* Ai o que bará
Responder: Alupagema
* Ai bará bará
Responder: Alupagema
*Choni choni choni padô
Responder: Gam, gam, gam, gam, choni padô
*Bará no ecó choni padô
Responder: Gam, gam, gam, gam, choni padô
*Olebarábô alaroiê aexulanã olebarábô alaroiê aexulanã iamadecó eco de bará ogum talabô bará oeléfa exulanã
Responder: Olebarábô alaroiê aexulanã olebarábô alaroiê aexulanã iamadecó eco de bará ogum talabô bará oeléfa exulanã
*Olebará aléo modibará oelefa epô
Responder: Olebará aléo modibará oelefa epô
* Olebará o eléo
Responder: Ae ae olebará
*Bará Exu berim
Responder: Exu berim Exu berim
* ianã Lanã Exu berim
Responder: Exu berim Exu berim ianã
* Ae ae olebaráo ae ae olebará amacelo ogum o amacelo ogum já ae ae olebarao
Responder: Ae ae olebaráo ae ae olebará amacelo ogum o amacelo ogum já ae ae olebarao
* Oiá oiá
Responder: oiá eléfa
* Exu Demi modibará com seu ajo modipaim
Responder: Exu Demi modibará com seu ajo modipaim
*Baráramo Jecum Ioda baráramo jecum lodá eco barárundeo barárundeo baráramo jecum reum
Responder: Chegou Ioda
*Barámo reum
Responder: Chegou Ioda
*Papainhale
Responder: Papainhale
*Exulana fomiô barálana fumaléo
Responder: Exulana fomiô exulana fumaléo
*JEJE Olebará iaboduma sanabore oeléba
Responder: Olebará iaboduma sanabore oeléba
*Olebará iaboduma oaçaquere equeoue
Responder: Olebará iaboduma oaçaquere equeoue
*Ocoro ocoro ocoro quere quere o eléfa iaboduma
Responder: Ocoro ocoro ocoro quere quere ocoro ocoro ocoro e eléfa iaboduma
*Ogum léba Ogum farerê
Responder: Ogum
*Ogum dae ae ae
Responder: Ogum dae anaisô
*Ogum anira alasebó
Responder: Ogum anira alasebó
*Ogum abéo Ogum anicéo Ogum anicéo Ogum
Responder: Ogum abéo Ogum anicéo Ogum anicéo Ogum
REZA DE OXUM

R: Oxum talade
T: Oxum talade omiotala de erumale
R: Oxum talade
T: Oxum talade omiotala ieiemio
R: Oxum talade
T: Alaueti oxum
R: Alareua
T: Iebami oxum piolomi iebami oxum piolomi iepanda elufa tagarela iebami oxum piolomi
R: Idem
T: Ieieo oxum pererema
R: Idem
T: Oieieo eleuati oxum eleuati oxum panda
R: Idem
T: Alasiconsuo
R: Eleuatioba
T: Oadeo oire adeua ominilaba adeo oria adeua
R: Idem
T: Ominilaba
R: Adeo oria adeua
T: Amacoro aoro oro com oxum deoba
R: Idem
T: Amacoro
R: Aoro aoro
T: Iberema larum adeluie ieieo
R: Amaua oxum ieie iberema larum
T: Ara baraueco fanha bara baraoeleo
R: Idem
T: Oieieo besaleo obomore ieie besaleo obomore
R: Oxum de olana ieie besaleo bomore
T: Panda marilo
R: Talade oxum maque que
T: Oquererebe
R: Idem
T: Ofenite
R: Ofenite ebo
T: Ieieo oduma i chororo
R: Ieieo oduma i chororo ieie
T: Achioxum pandalosimo
R: Erum eleua achioxum erum ele
T: Panda como como oxum olodeo
R: Amairo orixa oieieo amairo
T: Ogumpeni leua
R: Omineora oraora omineora
T: Aubeque aueni oxum
R: Idem
T: Aoenio
R: A ubere aubere
T: Oxum epanda paraeleo
R: Idem
T: Oieie cario ieie cario
R:Ara de oxum cario cario
GEGE
T: Panda ile michilao panda ile mochile panada ile mochilao orixa doco
R: Idem
T: Oxum panda suami
R: Anareua anarue
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